Quando mais nova, meu pai,
Bordaram-te em feridas
Disseram-me que tu não eras homem
E eu nunca entendi
Que homem não é homem?
Questionava
Já que ferir por ferir
É a nossa melhor arma
Aquela que se faz desnecessário
Apertar o gatilho
Agora mais velha
Olho pra ti
Hoje bordam em mim
Que sou homem
Homem sapo de ti
Já que ferir é ferir
Sem que eu aperte o gatilho.
Débora Gil Pantaleão
*Do livro Se Eu Tivesse Alma (Ed. Cia do Ebook, 2015).
Mais em: http://www.ciadoebook.com.br/catalogo/se-eu-tivesse-alma
*Do livro Se Eu Tivesse Alma (Ed. Cia do Ebook, 2015).
Mais em: http://www.ciadoebook.com.br/catalogo/se-eu-tivesse-alma
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