segunda-feira, junho 29, 2015


As imagens estão cansadas
Perceba os gases brotando das nuvens
Os arames vestiram ferrugem
Não há nada para lutar em vão
Simples assim é o vinho que tomamos
Basta pés e uvas, um pouco de terra, talvez
Imagino que o sol morrerá quando os sacos
Plásticos forem nossas únicas casas, novamente
Será tão nítido quanto o couro cabeludo
Dos guardanapos – Éramos assim também:
Descontraídos com o vento, mas a calma não
Se importa com ninguém. Repito.
Sentir os braços a cada murro na parede, agora,
É nosso único sinal de vida?
Sempre repito. A chuva é nosso único irmão.

                            Carlos Nascimento

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