As
imagens estão cansadas
Perceba
os gases brotando das nuvens
Os
arames vestiram ferrugem
Não
há nada para lutar em vão
Simples
assim é o vinho que tomamos
Basta
pés e uvas, um pouco de terra, talvez
Imagino
que o sol morrerá quando os sacos
Plásticos
forem nossas únicas casas, novamente
Será
tão nítido quanto o couro cabeludo
Dos
guardanapos – Éramos assim também:
Descontraídos
com o vento, mas a calma não
Se
importa com ninguém. Repito.
Sentir
os braços a cada murro na parede, agora,
É
nosso único sinal de vida?
Sempre
repito. A chuva é nosso único irmão.
Carlos Nascimento
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